Em Clandestino, o corpo humano é o tema central. Através de mais de uma centena de fotografias, a exposição expressa uma admiração sem reservas pelo corpo em todas as suas manifestações: perfeito, imperfeito, elegante, erótico, desafiador, orgulhoso e vulnerável.
Com curadoria de Sylvia Navarrete Bouzard, investigadora, crítica de arte e curadora franco-mexicana, a exposição é composta por obras da colecção do fotógrafo e colecionador mexicano Pedro Slim (nascido em Beirute, Líbano em 1950). A Colecção Pedro Slim ocupa uma posição de relevo no mundo da fotografia dada a sua particularidade: em 1985, Slim começou a colecionar fotografias em que o corpo humano aparece em destaque e que desafiam estereótipos de género, padrões de comportamento e clichés de bom gosto. Na sua coleção, as representações do corpo não significam apenas intimidade e luxúria, mas também revelam informações sobre o contexto social em que foram capturadas.
Clandestino – O Corpo Humano em Foco apresenta 112 fotografias de cerca de 60 artistas, incluindo Diane Arbus, Horst P. Horst, Arlene Gottfried, Graciela Iturbide, Robert Mapplethorpe, Diana Blok, Helmut Newton, Lola Álvarez Bravo, Mary Ellen Mark, Nan Goldin e Man Ray. Todas em preto e branco e impressas em gelatina em prata, estas imagens não procuram ser neutras ou discretas: privilegiam a expressividade em detrimento da beleza, enaltecem a rebelião, a ambivalência e a liberdade.
A exposição está dividida em 3 seções: O corpo ilimitado, Experiências marginais e Arlene Gottfried. Na primeira, artistas canónicos refletem sobre velhos e novos paradigmas de beleza e hedonismo; no segunda, uma geração contemporânea de artistas proporciona experiências visuais sobre marginalidade e emancipação, distorcendo a linha entre arte e documentário. A terceira parte da exposição é inteiramente dedicada ao trabalho da fotógrafa americana Arlene Gottfried (1950-2017), apresentando 21 fotografias que tirou no auge da sua carreira quando fotografou a cultura underground na Nova Iorque das décadas de 1970 e 1980.
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