Esta exposição, com curadoria de Lisa Hostetler, é a primeira grande retrospectiva do trabalho de Genevieve Naylor e compõe um retrato vívido da trajetória de uma mulher criativa e original que viveu os desafios e possibilidades de ganhar a vida como fotógrafa na primeira metade do século XX e até a década de 1960.
Genevieve Naylor e a Arte de Fotografar para Revistas inclui cerca de 190 fotografias organizadas em cinco seções: “Primeiros Trabalhos”, “Olhos no Brasil”, “Avant Garde à la Mode”, “Vidas Pós-guerra e os Estilos de Vida das Celebridades” e “Uma Vida Extraordinária”. A exposição oferece ao público uma visão abrangente do trabalho de Naylor, começando com seus primeiros trabalhos para a Associated Press e continuando pelos seus dois anos de permanência no Brasil e subsequente carreira como fotógrafa de revistas bem-sucedida e narra a sua vida pessoal e profissional através de fotografias de família, cartas, documentos, objetos e uma cronologia ilustrada.
Nascida em Bronxville, NY, em 1915 e criada em Springfield, MA, Genevieve Naylor estudou pintura com Misha Reznikoff, com quem viria a casar-se. Morando em Nova York, o casal juntou-se a uma comunidade vibrante de artistas que incluía Willem de Kooning, Jackson Pollock, Arshile Gorky, entre outros. Este influente círculo veio a ligar Naylor a Berenice Abbott, com quem aprendeu a técnica fotográfica em meados da década de 1930. Em 1940, Naylor e Reznikoff foram convocados por Nelson Rockefeller para viajar ao Brasil como parte de um intercâmbio cultural para o Gabinete de Assuntos Interamericanos. Ao regressar aos EUA, Naylor tornou-se a segunda fotógrafa mulher a apresentar uma exposição individual no MoMA de Nova Iorque, onde expôs em 1943 as fotografias que tirou no Brasil.
O poder das imagens desta exposição atesta a qualidade e a arte do trabalho de Naylor, e o que emerge é a obra magistral de uma personalidade fascinante. Agora que o potencial expressivo da fotografia é amplamente reconhecido, e a fotografia editorial ocupa já o seu lugar de direito nas paredes de museus e galerias, Genevieve Naylor e a sua impressionante obra podem finalmente assumir seu lugar na história da arte.
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